O que você faz importa
Alô Comunidade JoyJoyLand!
Muita gente ainda pensa que descartar o lixo é apenas acomodar em sacos plásticos e eliminar da frente dos seus olhos, colocar em algum lugar adequado até que alguém recolha esse lixo, que, magicamente, desaparece.
Não é bem assim.
A humanidade está cada dia produzindo mais, gastando mais, consumindo mais e, por consequência, descartando mais.
É hora de parar e refletir profundamente.
Nos próximos dez anos, a quantidade de lixo plástico que chegará nos oceanos poderá atingir entre 22 milhões e 58 milhões de toneladas ao ano, segundo dois estudos diferentes publicados na Revista Science de setembro de 2020.
Até hoje o mundo apostou na ideia de que o melhor a fazer seria produzir mais e gerar riquezas para haver crescimento. E a grande verdade é que a cada ano os países buscam produzir mais, acreditando que essa é a única opção para garantir crescimento econômico.
Depois dos anos 70, alguns grupos e economistas começaram a mostrar que esse crescimento tem também efeitos negativos para a humanidade e para o meio ambiente. Esses economistas acreditam que desacelerar a produção em determinados países mudará o modo de desenvolvimento, sem ter que gerar riquezas a qualquer custo.
Isso parece ser contra intuitivo, ingênuo, estranho ou até utópico: falar de desaceleração, mas não é.
Também não é retroceder, nem querer voltar ao passado.
Crescer só é uma coisa boa se a humanidade avançar também numa ética solidária e preservar o clima e os recursos naturais.
Desocupar-se de muitas tarefas e concentrar-se em uma única coisa, eliminar um modo de vida estressante e optar por algo mais tranquilo, não afeta somente a economia, mas também a vida das pessoas, seus hábitos de consumo, a consciência na hora de comprar e na hora de descartar, porque o lixo que produzimos desaparece apenas das nossas vistas, mas se acumula no planeta. E o planeta tem espaço limitado e recursos também limitados.
Quer um bom exemplo de que pequenas ações podem ajudar? Se uma família organiza uma compostagem caseira, usando a matéria orgânica que é consumida pelos moradores, e isso já é possível fazer sem odores e complicações, e gera sem custos adubo orgânico rico e fértil para cuidar das plantas do apartamento, ou quintal, ou jardim da casa.
Isso reduz a pressão sobre os aterros sanitário e diminui as consequências, como é o caso do chorume, que é aquele líquido escuro resultante da decomposição de matéria orgânica e possui um cheiro forte e desagradável, sendo um dos grandes responsáveis pela poluição e degradação do solo, de lençóis freáticos e rios.
Vamos cuidar uns dos outros?
O que você faz importa.
Descarte o lixo de modo que ele seja reutilizável, lave recipientes plásticos e vidros. Todo lixo que não atrai mosquitos ou outros animais é lixo reaproveitável.
Já o lixo orgânico pode ser transformado dentro de casa, sem causar impacto ambiental e ainda enriquecendo o solo.
Importe-se. Cuide. Tenha um pouco de trabalho extra no descarte do seu lixo residencial e o que você fizer, tornará o mundo um lugar melhor, porque o que você faz importa.